Ele não batia nela, mas costumava dizer que era o único no mundo capaz de suportar suas crises e manhas. Ela tomava antidepressivos e se identificava com o monstro da depressão, sem se dar conta de que o companheiro – que se dizia seu maior cuidador – era o maior algoz.
Ele não batia nela, mas criticava seu corpo. Dizia que se fosse mais magra, que se usasse calcinhas mais novas, que se cuidasse mais do corpo ele não precisaria procurar outras. Ele queria um relacionamento aberto. Só para ele.
Ele não batia nela, mas exigia que ela usasse as roupas que ele escolhia. Nada de saia curta, nada de maquiagem forte, nada de decote. Ele tinha um ciúme forte que chamava de amor. E, certa vez, ele segurou forte no pulso dela e gritou alto. Mas não, ele não batia nela. Continue lendo