O amor em tempos de pandemia

Não. Não há nada de belo ou romântico no período em que vivemos, quando a pandemia do COVID-19 se alastra pelo mundo e pelo nosso país. Tememos por nós, pelos nossos e pelos outros. Nunca se pensou que ficar em casa poderia ser tão devastador para algumas pessoas – mesmo as que curtem um pouco de reclusão, introspecção, leitura e atividades solitárias. Acontece que essa reclusão é acompanhada de medo e as notícias vêm por todos os lados. E nós precisamos acompanhar as notícias confiáveis e seguir as orientações. Ficar em casa, fazer a higienização das mãos constantemente, evitar visitas a idosos e a pessoas imunodeprimidas, evitar o contato físico.

Há caos e medo em meio à pandemia. Porém há amor em meio ao caos e o medo. Se choramos pelos italianos, é porque ainda amamos. Apressemo-nos a cuidar dos nossos. Há pessoas que estão dispensando profissionais sem vínculo empregatício e pagando o valor correspondente ao serviço prestado. Os nossos não são apenas nossos familiares, mas toda a comunidade ao redor. Os nossos somos todos. Alguns mais ou menos privilegiados neste período de quarentena. Há quem possa ficar em casa e há quem ainda precise trabalhar. Continue lendo

Das tramas da ansiedade

Não é o mesmo que estar preocupado com uma prova que ocorrerá no final de semana. Não é o mesmo que um friozinho na barriga antes de um acontecimento delicioso. Não é o mesmo que estar ansioso com algo específico e depois passar. É mais como se houvesse uma prova gigantesca a cada dia, a cada hora, a cada instante. As tramas da ansiedade colocam você em um estado de constante alerta. E o corpo fica também alerta. O peito aperta, as pernas tremem, a respiração falha. Às vezes ocorre uma crise de pânico, sensação das mais assustadoras. E você tem ânsia de viver mas parece estar sempre à beira de um abismo. E todos os pensamentos de todas as tragédias possíveis fazem sua mente agitar e seu coração saltitar. E então você não consegue explicar aos seus amigos o motivo de não conseguir ir à sessão de cinema marcada há dias. “É que hoje não dá”. – e seu coração aperta. E você não consegue explicar aos famíliares o porquê de precisar sair para tomar um ar no almoço de domingo. E você está suando mesmo estando frio. E você pede ao seu companheiro ou à sua companheira que lhe abrace e conte a respiração com você. E às vezes ele ou ela não entende. Talvez você já faça uso de medicações para ansiedade. É importante que, se o fizer, faça com acompanhamento médico. Talvez você já faça terapia. E esteja trabalhando isso. Continue lendo