Produzir sentidos: um jeito de ser o que se é

É possível – e comum – nos dias atuais que sejamos tomados por um vazio de sentido. Ansiosos ou deprimidos, tomados pelo medo da perda de um emprego ou de alguém amado, sufocados por questões de trabalho ou financeiras, dominados por um tempo que não nos permite respiros ou mergulhados no nada do tempo sem desejo, perguntamo-nos: o que pode produzir sentido em nossas vidas? Talvez a resposta para isso esteja sempre em construção: ela está exatamente onde se para o pensamento e se dá início à ação – mesmo que a ação seja a produção de novos pensamentos, como quando começamos um curso diferentes ou produzimos um artigo.

Produzir sentidos é dar pequenos passos rumo ao que se é. Por isso, frequentemente vejo como é bonito quando alguém que há muito tempo não conseguia sair de casa acaba por marcar um café com uma amiga. Parece algo simples, mas é ação. Ação poderosa rumo ao que se é. Essa pessoa restabelece laços, mais do que com a amiga: ela os recria consigo mesma. Da mesma forma, iniciar uma dança, uma caminhada, um bailar rumo ao trabalho de outra forma: tudo isso pode produzir novos sentidos no trajeto. Escrever um poema, ouvir uma música, tocar um instrumento. Vestir-se de modo diferente – mesmo que sutil – e admirar-se no espelho. Continue lendo

Outubro Rosa: lidando com a vida

 

 

Campanhas de saúde mensais, com suas cores marcantes e seus dizeres fundamentais, são importantes para alertar sobre questões importantes na sociedade: discutir prevenção, cuidado, formas de auxílio profissional. No caso do Outubro Rosa, falamos da importância da detecção precoce do câncer de mama e da importância do cuidado à saúde de pessoas com câncer.

Prevenir e cuidar. Acolher e respeitar.

Como psicóloga, aproveito este mês para tratar de uma questão que considero fundamental: como lidar com a descoberta da doença e com o período de tratamento? Antes de trazer uma resposta pronta, já digo que é o sentimento de cada pessoa que dará conta do momento: não há uma verdade simples e definitiva. Receber o diagnóstico de um câncer é diferente para cada um. E lidar com o diagnóstico é lidar com a vida ou, de outro modo, com o novo que a vida traz. Continue lendo